segunda-feira, 12 de março de 2007

sexo

é curiosa a história de h. com o B. o próprio apelido me parece borrado, fora de esquadro. mas não é isso o que vale. imagino que o ponto central das relações é sempre o envolvimento sexual. esse envolvimento marca à ferro e fogo as duas pessoas que foram para a cama, seja novecentas ou uma única vez. tendo sido excelente ou péssima essa fusão de corpos.

acontece com todo mundo: depois que vai para a cama, muda a história. existem os relacionamentos assim: antes e depois de fazerem sexo. e eu sou assim, helena é assim, o mendigo ali da esquina é assim. a relação sexual pontua, sublinha, marca a pessoa de forma a não voltar a ter a mesma percepção de antes do sexo.

o sexo, ainda que praticado uma vez apenas e há trinta anos atrás é sempre a referência quando se pensa em determinada pessoa (seja ela amiga, inimiga ou indiferente). é impossível falar de uma determinada pessoa com quem fomos para cama sem pensar, lembrar do ato. pode ser um pensamento rápido, fugidio, nublado, mas ele está lá, marcado.

sabemos exatamente com quantas pessoas fomos para a cama e o que aconteceu lá, com detalhes, dezenas de anos depois. ou seja: o sexo é tudo. e, por ser tudo, é um divisor nas nossas vidas, é motivo para alegrias e tristezas profundas, para júbilo, para análise, para dedicar obras de arte ou teses.

estar à margem dessa vida que leva em consideração o sexo, é estar seriamente doente porque está provado que o sexo é, antes de tudo saudável. ele está presente em toda a história da humanidade que, por sinal, existe por causa dele. uma pessoa não praticar o sexo ainda que de forma acanhada e com intervalos longos entre uma ação e outra, revela uma profunda incapacidade física, aleijante e um curto circuito psicológico que pode levar ao extremo do suicídio.

um pensamento barato, costurado de forma primária nesse guardanapo para lembrar de incluí-lo nos temas do dia a dia, inclusive nos relacionamentos on line. nesses, o sexo não está presente no início do relacionamente, mas está incluso, é a fantasia do amanhã. ninguém acessa a internet sem ter um motivo, uma pulsão sexual.

claro que a masturbação não deixa de ser um movimento sexual, bastante para muitos (na verdade muito poucos) , mas ineficiente para 99,9% das pessoas (ou 100%). a fuga do sexo não é apenas uma manifestação doentia: é, antes de tudo, a negação da vida, a impossibilidade do ser, a doença infantil do niilismo, o suicídio verdadeiro do eu.

4 comentários:

Anônimo disse...

Será que todo esse bla bla bla de Helena e Benzinho não remete a uma única questão? Ele fez com ela algo que vc gostaria de ter feito? Parece que ela tb gostaria, mas as trocas não estão na sua ordem do dia, não é mesmo? Mesmo assim, a ausencia delas te encomodam, ou não?
B.

Anônimo disse...

incomodam

G disse...

Minha resposta não agradaria

Anônimo disse...

diga